segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Can't help falling in love again



Esse post pode ser lido ao som de Adele, Florence and The Machine, Kasabian, Amy Winehouse, Coldplay, Dido, Elton John, Keane, Muse, Oasis, Paul McCartney, Pink Floyd, Rolling Stones, Led Zeppelin, Queen, The Verve, The Police e por aí vai. 

 Eu ainda ouço o barulho das rodinhas das malas. Ainda sinto aquele friozinho na barriga de antes de subir no avião. Lembro do medo de errar os portões, de esquecer alguma coisa, de perder a hora, de me perder, e, mais que tudo isso, lembro da ansiedade, da euforia muito maior que todas as inseguranças somadas. Lembro do perfume que usei durante toda a viagem - toda vez que sinto o cheiro vem um punhado de lembranças junto. Da vista maravilhosa de uma janelinha tão pequena.. das dobras das montanhas parecendo um papel amassado.. e as nuvens. De ouvir o aviso de pouso e da vista aérea linda da cidade, com seu parlamento dourado e uma roda gigante - inacreditavelmente gigante – ambos separados por um rio cheio de pontes charmosas. Lembro do desembarque, do medo da imigração e de, enfim, me sentir bem recebida em um lugar bastante diferente. Welcome to London

Lembro da organização começando pelo aeroporto. De conhecer a linha de Greenwich. De atravessar a Tower Bridge e constatar que cartões postais não mentem.. mas que estar lá é indescritivelmente mais lindo. De passar tantas vezes em frente ao Big Ben e nunca deixar de me sentir sortuda por isso. Das cabines telefônicas, das tantas construções vitorianas.. dos tijolinhos expostos, da modernidade do Canary Wharf e seus poucos prédios altos, do estilo clássico e sóbrio da maioria das construções da cidade, com alguns pontos excêntricos, engraçados e adoráveis. O céu nublado e os trajes das pessoas que certamente alimentaram a imaginação de JK Rowling a criar histórias sobre bruxos. Os ônibus vermelhos, numerosos e espalhafatosos por todo canto. As pessoas que nunca se intimidaram por frio ou chuva e sempre enchiam as ruas de vida.. todos os dias. Os constantes turistas e suas câmeras fotográficas. Os palácios da família real e seus sérios guardas. O som de conversas nos mais variados idiomas possíveis. O desapego pela aparência, a autenticidade, a naturalidade.. a diversidade de comportamentos e estilos. A vista panorâmica da cidade de dentro de uma cabine transparente. De sentir cheiro de chocolate na rua em dia frio. Os tantos artistas de rua, o teatro de Shakespeare, os museus sem fim e andar à toa em volta da Westminster Bridge ouvindo música. A sensação de liberdade.. os quadros de Monet e Van Gogh.. os músicos de estações de metrô. A linda estação de King’s Cross.. as inacreditáveis estátuas de cera. A feira da Portobelo Road, as casinhas coloridas de Notting Hill. Os táxis ‘Black Cabs’.. as luzes de Picadilly Circus.. o glamour dos teatros, os espetaculares musicais The Phantom of the Opera e We will rock you.. o encanto do Cirque du soleil. 

Desde tomar cappuccino na estação de trem a ler os nomes das ruas em suas plaquinhas brancas, o tão familiar símbolo do metrô e o repetitivo aviso ‘mind the gap’. Fazer aula de inglês e ter que se virar pra conversar no intervalo com um sul coreano, uma polonesa e uma russa. A descoberta do interior de um castelo. As lojas irresistíveis da Oxford Street. Da minha eterna admiração aos artistas ingleses, dos tantos músicos.. de Freddie Mercury a Joss Stone. De me apaixonar em vários idiomas por dia. De passear de barco no Thames.. dos brasileiros de outras regiões do país.. dos muitos dias nublados, poucos dias de sol e uma cidade que tem luz própria. Lembro muito bem da vontade de ficar mais um tempo por lá. Londres marcou uma fase muito boa da minha vida, me conquistou completamente e a exposição da cultura inglesa nas olimpíadas só me fez ter certeza do carinho que tenho por cada pequeno detalhe que compõe aquele lugar. Cada placa, cada lâmpada, cada esquina e cada canto.. vai me emocionar toda vez.

Não tem como não amar.

domingo, 17 de junho de 2012

take it

Dê uma chance. Pra quem merece, pra quem precisa, pra quem pede. Dê sempre chance pra você. Se dê uma chance de ir, de sentir, de viver aquilo que te atormenta a cabeça, mate a curiosidade antes que ela te mate, experimente sobreviver depois. Se precisar, volte. Em qualquer caso, sobreviva. Aprenda. Apreenda. Entenda. Agradeça. Retribua. Aos olhares, aos abraços. Aos sorrisos. Olhe com o coração. Seja ombro, dê colo, dê ouvidos. Dê tempo, dê espaço, dê vez ao silêncio. Siga. Tente. Cante junto. Cante sozinho. Cante mais alto. Descubra seu ritmo. Dance. Aproveite a chance. Aproveite a vida.