“- 98% dos criminosos comem pão.
- 50% das crianças que crescem comendo pão apresentam baixo
desempenho escolar.
- No século XVIII, quando a maior parte do pão era assado em casa, a expectativa de vida era de menos de 50 anos, a mortalidade infantil era extremamente elevada e muitas mães morriam durante o parto.
- No século XVIII, quando a maior parte do pão era assado em casa, a expectativa de vida era de menos de 50 anos, a mortalidade infantil era extremamente elevada e muitas mães morriam durante o parto.
- Mais de 90% dos crimes violentos são cometidos no intervalo de
24 horas após o assassino ingerir pão.
- Sociedades primitivas, onde o pão não fazia parte da dieta,
apresentavam baixos índices de câncer de pulmão, tendinite e stress.
- Recém nascidos engasgam ao comer pão.
- Estudos comprovados mostram que um ambiente com pão exposto ao
ar por muitos dias apresenta um odor forte de bolor.
- Ministério da saúde
adverte: pão causa pneuzinhos se você não malhar.”
A maioria
do que foi escrito acima é verdade, mas não tem relação nenhuma com o consumo
de pão. É assim que eu olho para estatísticas. Estatísticas são dados, um
produto do que já foi feito. Estatística é história, é passado. Tendenciosas, são
o mais pobre instrumento de manipulação. Eu tinha renovado a minha fé na
democracia com os protestos do ano passado e nessa semana comecei a desacreditar
as pesquisas, as reportagens e também muitos posts do facebook. Quando criticaram
os protestos dizendo que a revolução deve ser nas urnas, discordei, porque
entendi que a manifestação é livre. O mínimo que eu esperava era que a tal sede
de mudança se refletisse agora. O que vejo são cidadãos praticando mais do
mesmo, pautando seu voto em promessas vazias, em currículos medianos,
desqualificando candidatos por critérios que reprovariam qualquer dos outros. A
mesma superficialidade de sempre. Acredito que a mudança não vem com uma
reeleição, tampouco com uma oposição manjada que esteve no poder há não muito
tempo. É argumento pra avaliar um eventual mandato? Não, mas é vontade de
mudar. No entanto, o que se vê é eleitor se negando a olhar pros novos candidatos,
aqueles que poderiam efetivamente representar a mudança. A Marina Silva, uma
pessoa com trajetória de vida admirável e que repentinamente, com a morte de
Eduardo Campos, subiu nas ‘pesquisas’, logo sentiu sob suas costas o resultado
de sua ascensão: críticas infundadas de todos os lados, pressão para adequar
seus discursos à vontade da maior parte de grupos sociais, causando até mesmo
mudanças repentinas de opinião (o que mesmo os políticos mais experientes
continuam fazendo, porém de forma tão mais natural e corriqueira que não chamam
atenção nisso). Eduardo Jorge e Luciana Genro são exemplos de candidatos que
mantém sua personalidade e conseguem manter o bom senso mesmo assim, e tem
muito menos atenção do que mereciam. Enquanto isso, do outro lado, temos
eleitores apontando o dedo pras contradições alheias sem observar as próprias. De
que adianta o direito de votar, se a escolha se baseia nos que tem mais chances
de ganhar? Nada me faz menos sentido do que uma pessoa me dizer que se eu votar
em alguém com pouca chance de ser eleito estarei perdendo meu voto. Pra mim,
uma pessoa perde o voto quando deixa de seguir sua própria opinião pra ir na
onda das pesquisas, abre mão de seu direito de votar pra entregá-lo na mão de
um mero dado informativo. De todos os critérios pra escolher um candidato ou
pra diminuir o valor de um mísero voto, seguir o fluxo é o que considero o
pior. É continuar repetindo a mesma coisa e esperar um resultado diferente.
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