sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Homo sapiens?
No começo, éramos macacos.
Mas decidimos nos socializar, viver em grupos, andar de pé. Construímos casas, cidades e adotamos um modo de vida sedentário, sonhando com um mundo cada vez melhor e mais adaptado às nossas vontades, enquanto o atacamos, invadimos e poluímos indiscriminadamente a favor do nosso conforto. Nossas construções cresceram junto com as nossas ambições, e talvez nosso ego. Assim nos intitulamos os ‘animais racionais’ e usamos o termo ‘humanidade’ para nos diferenciar dos ‘animais’ propriamente ditos. Mesmo assim, nossa ‘vida social’ sobrevive sensivelmente, de vez que, fazendo de toda a raça humana parte de um mesmo ‘contrato social’ as diferenças e semelhanças que naturalmente nos distinguiriam em grupos, se confundem, nos confundem, e nos sujeitam a infindáveis desentendimentos, em nome dos quais esquecemos da nossa origem comum. Nossos laços afetivos são por vezes superados pelos mais primitivos instintos, que julgados por nossos próprios olhos acabam por nos engaiolar, como fazemos com os ‘animais irracionais’ que, por sua vez, são disciplinados de forma simples e eficaz. Subjugamos nossos semelhantes e inventamos a guerra, em nome de interesses fúteis, até mesmo insanos, como a imposição de poder entre iguais. Enquanto isso a natureza vem, reiteradamente, com toda a força, mostrar que existem coisas maiores que os nossos mais audaciosos sonhos, maiores que nós, e a quem devemos respeito. Afinal, quem somos nós diante dela? Quantas mais lições – sobre o básico – precisaremos? Afinal em que momento da evolução deixamos de ser macacos? E se deixamos, podemos chamar tal mudança de evolução? Que evolução há em converter todos os nossos valores em dinheiro? Porque existem coisas que o dinheiro não compra, a natureza não derruba, e ninguém se importa, por exemplo, numa convenção sobre mudanças climáticas. Esse poder, que se sobrepõe à questão da preservação ambiental - e auto preservação - será que algum de nós é digno desse poder que corrompe? Macacos não se submeteriam tanto ao dinheiro. Mais sábios que nós em tantos aspectos, com certeza eles têm muito pra nos ensinar.
Às vezes só quando a natureza nos traz a adversidade é que nos tornamos verdadeiramente humanos, através da solidariedade. Sejamos mais humanos, então, e que não seja preciso mais adversidades para que aqueles que por algum motivo tem o poder nas mãos, o usem com a razão que acreditamos ser a dádiva da nossa espécie.
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O ser humano realmente não é tão bom quanto julga ser, pois se o fosse, certamente as suas atitudes se dariam com mais inteligência, o que não se vê em destruir florestas e a casa em que vive, por dinheiro!
ResponderExcluirTalvez tenhamos nos esquecido dos valores mais importantes, talvez agora estejamos para conquistar as verdades pelas quais nós viemos ao mundo... !
...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
AFECTUOSAMENTE:
TAINA-DEVANEANDO
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CABALLO, LA CONQUISTA DE AMERICA CRISOL Y EL DE CREPUSCULO.
José
ramón...
Esquecemos dos princípios mais básicos nesta nossa "evolução". Talvez seja tarde mas devemos tentar mudar o que acontece neste mundo que parece cada vez mais perdido.
ResponderExcluirBeijos
[...] Nossas construções cresceram junto com as nossas ambições, e talvez com nosso ego.
ResponderExcluirÉ o que eu sempre digo qdo me perguntam sobre o fim do mundo. Que bom se td explodisse em um piscar de olhos e acordássemos em outra dimensão... Mas não, o fim do mundo tá aí; todo dia o dia todo. Acontecendo len-ta-men-te... E o pior: estamos VENDO e PARTICIPANDO desse fim. O que, em meu ponto de visa, é muito mais doloroso que um fim explosivo propriamente dito.
Lindo Tay... E relfexivo. Que bom que não estou sozinha qdo penso duas vezes em amassar um papel; guarda um lixo na bolsa; usar menos o secador. Não mudo o mundo sozinha... Mas com pessoas idênticas a vc, eu sei que conseguimos ou pelo menos vamos tentando.
Bom texto!
ResponderExcluirSds,
Julio
Olá, antes de mais nada, parabéns pelo blog!
ResponderExcluirE por acha-lo de muito bom gosto é que o/a convido a vir conhecer a proposta do meu Blog para você.
Aguado sua visita!
Forte abraço!
Karina