sábado, 16 de janeiro de 2010
Amores
Interessante perceber o quão diferentes e o quão iguais conseguimos ser uns dos outros, e o quanto nossas diferenças e semelhanças fazem com que nos aproximemos, ou nos afastemos, segundo diferentes aspectos de afinidade. Engraçado observar amores tão diversamente demonstrados, maravilhoso sentir e ser amado de todas as maneiras. Pena que somos tão pequenos e queremos – como se fôssemos capazes de – sempre entender, ter o controle de tudo, o que às vezes tira a graça da espontaneidade e da surpresa. Talvez seja mal dos ansiosos, querer fazer com que tudo aconteça, incapazes de esperar, até que estejamos prontos pra viver as novas experiências. Nessa ansiedade lamentamos o que não existe, e diante da surpresa, nos damos conta da própria tolice, a qual prometemos não repetir, como há amores que são de promessas. E também há amores que são de declarações. O amor, os amores, se manifestam de forma singular, e na ânsia de procurá-lo, não o deixamos se apresentar livremente, assim nos voltamos para o lado errado, esperando declarações daqueles que se traduzem nos gestos, cobrando grandes mudanças dos que são de momentos, forçando a falar os amores que são de silêncio. O amor não é essa resposta que a gente procura, não é a satisfação pras nossas cobranças. Que o amor têm diversas formas, facilmente se percebe, o extraordinário é cada uma dessas formas é o próprio amor, inteiro, imenso, verdadeiro, impregnando todos os cantos. O amor existe independentemente das nossas buscas, somos nós que o percebemos, ou não. O amor é singular e plural. É diferente e igual, como nós. Único. Cada amor acontece de um jeito. Talvez seja estranho, talvez pareça pouco, ou demais. Jamais compreensível. Sutil e infinito, como um simples sorriso pode ser. Diferentes são as formas, diferentes são os amores que surgem em todos os momentos, em todos os lugares. O amor nos faz iguais e diferentes, ele sim nos aproxima, completa, engrandece. Amor não está só em todos, mas em tudo. Amor é o que fica, exauridas todas as emoções. O amor é sempre o amor, seja como for. Só ele é o melhor sentimento que existe. O amor não se cria, não se explica, não se acha, só se sente, porque só o sentir admite tamanha intensidade. O amor, por nós acolhido, cresce. Só faz aumentar. Então pare de procurá-lo. Feche os olhos, sinta... e finalmente – pronto – abra os olhos... e ame.
Simplesmente.
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Para amar a gente tem que começar se amando ...
ResponderExcluirParece simples, mas não é.
O bom mesmo é amar, amar sempre!!!
ResponderExcluirÓtimo texto Tainá!
bjos, ótima semana!!!
Olá Tainá, concordo com você quando diz que o amor não se explica; me fez lembrar de Jung quando perguntado sobre se acreditava em Deus, ao que ele respondeu: "Eu não acredito, eu sinto"; belo texto.
ResponderExcluirAbraços Marco
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir[...] O amor existe independentemente das nossas buscas, somos nós que o percebemos, ou não. O amor é singular e plural. É diferente e igual, como nós. Único. Cada amor acontece de um jeito. Talvez seja estranho, talvez pareça pouco, ou demais. Jamais compreensível.
ResponderExcluirNem preciso dizer mais nada né? Vc já disse tudo! Por isso que eu amo vir aqui... Pq sempre, sempre vc diz algo que eu penso ou sinto... E o engraçado é que vc usa até as msm palavras que eu tenho vontade de dizer... rs!
bjo, bjo Taiii!
Nem preciso dizer o quão lindo está = )
Para mim o amor é feito de pequenos gestos, pequenas coisas e pequenos fatos. Juntando tudo isso temos a amor grandioso que nosso coração precisa sentir e aprender.
ResponderExcluirAdorei o texto por me identificar com ele.
Beijos
Pior ainda é quando temos muita afinidade com alguém e depois de anos de relação isso se desfaz, essa afinidade acaba. Eu não estou falando do amor, mas sim de amizade.
ResponderExcluirBeijos